Avenida é interditada por causa de risco de rompimento de barragem em Linhares, ES

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A rua onde moram as 28 famílias que tiveram que deixar suas casas após ameaça de rompimento da barragem do Rio Pequeno, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, foi interditada pela Defesa Civil Municipal. Os moradores que desejarem acessar suas casas precisam de autorização da Fundação Renova. Em caso de rompimento, o rio pode chegar a 5 metros de altura.

A medida de retirar os moradores foi anunciada após um estudo apontar que a estrutura, feita pela Samarco, não está segura. De acordo com a Fundação Renova, a medida é preventiva. Os moradores, porém, não tem prazo para voltarem para casa.A barragem no Rio Pequeno foi feita pela Samarco em 2015, para impedir que as águas do Rio Doce, atingido por rejeitos de minério, entrassem em contato com a Lagoa Juparanã.

O coordenador de Defesa Civil de Linhares Antônio Carlos do Santos explicou que em caso de rompimento da barragem, a força da água apresenta risco de morte para os moradores.

“Existe uma preocupação do prefeito com as vidas de quem moram ali. Quando a gente viu que tinha esse risco, decidimos interditar a rua. A determinação é de que os moradores só entrem monitorados por funcionários da Renova, até para não deixar que desconhecidos transitem no local”, explica.

Antônio ainda diz que a Defesa Civil teve acesso ao estudo feito pela empresa de consultoria que apresentou o risco de rompimento na construção.“Segundo o engenheiro da fundação, corre o risco de romper e se o barramento estourar pode causar danos. O risco de rompimento não é grave, mas pode acontecer a qualquer momento. O Rio Pequeno vai chegar a 5 metros de altura e também atingirá o bairro Olaria, onde a água pode atingir 60 centímetros e já estamos orientando os moradores de lá”, explica o coordenador.

Segunda vez

Essa é a segunda vez que os moradores tem que deixar as casas por conta da barragem do Rio Pequeno. Em agosto do ano passado, os moradores ribeirinhos tiveram que sair das casas por causa da abertura de um canal no rio, para dar vazão à água represada da lagoa.

Sete meses depois, algumas famílias retornaram para casa, mas terão que deixar novamente.

A empresa alega que a decisão é para atender uma medida de segurança, porque alguns estudos feitos por uma consultoria técnica identificaram riscos estruturais no barramento.

“Esse barramento apresentou um risco. O que pode acontecer é a gente não conseguir manter esse barramento estável e, com isso, a gente ter um problema emergencial e ter que fazer uma ação ainda mais corrida então a gente está agindo preventivamente”, disse o gerente de território Sérgio Kuroda.

A Fundação Renova disse que, como a retirada das famílias é uma medida de segurança, não há prazo de retorno. Neste primeiro momento, moradores vão ficar em hotéis por dez dias.

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