Vice-governadora participa da abertura do projeto ‘Encoraja Elas’ em Linhares

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A vice-governadora do Estado, Jacqueline Moraes, participou, na noite dessa terça-feira (27), em Linhares, da abertura do projeto “Encoraja Elas”, organizado pela Associação para o Desenvolvimento de Linhares (Adel). O objetivo é qualificar e incentivar mulheres que sofrem algum tipo de violência doméstica a se inserirem no mercado de trabalho. A primeira turma contará com a participação de 20 mulheres.

A iniciativa conta com a parceria da Federação da Indústria do Espírito Santo (Findes), Sicoob, Brametal, Weg, Grupo Brinox, Prefeitura de Linhares, Câmara de Vereadores de Linhares, e tem apoio do Governo do Estado, por meio da Delegacia da Mulher, e do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES). Vários cursos serão colocados à disposição das mulheres, como conhecimentos básicos de Língua Portuguesa e Matemática, técnicas de convivência, empreendedorismo e gestão.

O evento aconteceu no Teatro do Sesi Linhares. Em sua fala, Jacqueline Moraes ressaltou a importância de todas as cidades, a exemplo de Linhares, trazerem a pauta da violência contra as mulheres de forma contundente e com a urgência que o tema merece. “É preciso destacar a ênfase na prevenção, pois em lugar de simplesmente aceitar ou reagir à violência, as políticas públicas devem ser construídas com a forte convicção de que o comportamento violento e suas consequências podem ser evitados”, destacou.

A vice-governadora também falou sobre a implantação o projeto “Homem que é Homem”, do Governo do Estado, no município. “É um instrumento fundamental, desenvolvido com o objetivo de reduzir o índice de reincidência de violência contra a mulher. Vem com a ideia de trabalhar com o homem agressor, quebrando um ciclo que, até então, ninguém havia atuado e que evita a reincidência na prática de crimes de violência doméstica e familiar”, disse.

Presente à solenidade, o prefeito de Linhares, Guerino Zanon, argumentou sobre a urgência em estabelecer ações municipais de enfrentamento às violências zelando pelo futuro das cidades. “Nossa meta é garantir que todas as políticas públicas potencializem as diversidades, em especial das mulheres. O movimento Encoraja Elas, organizado pela Adel e abraçado por vários segmentos públicos e privados, está trabalhando unido em defesa das mulheres que sofrem qualquer tipo de violência”, pontuou.O prefeito prosseguiu: “essa preocupação precisa ser de todos nós, pois a política de atendimento à mulher é uma das prioridades aqui em Linhares e buscamos fortalecer a rede de atendimento, em especial às mulheres vítimas de violência. Aqui já temos o Centro de Referência Especializada de Assistência Social, que conta com uma equipe atuando no empoderamento financeiro das mulheres, tendo em vista que, estudos demonstram que a dependência financeira é uma das principais razões que mantém uma mulher em situações abusiva.

”O diretor de comunicação da Adel, Marcelo Japhet Giurizzato, explicou que o projeto surgiu em 2019, quando o Ministério Público buscou a Findes para criarem uma alternativa visando a ajudar profissionalmente mulheres vítimas da violência doméstica na região. “A partir desse pedido foi possível conhecer a dura realidade da vida dessas mulheres e mobilizarmos os parceiros que estão aqui, presentes e atuantes, fazendo o projeto acontecer”, relatou.Para a delegada da Mulher de Linhares, Silvana Soeiro, o destaque do projeto está em enfrentar a estatística de que Linhares lidera os boletins policiais de violência doméstica do Espírito Santo. “Em se tratando de violência doméstica, não há identificação dos fatores que influenciam esses números e não há um perfil específico, nem de vítimas, tampouco de agressores. As vítimas são mulheres de várias classes sociais e níveis de escolaridade. De fato, a nossa cidade está no ranking de cidades com o maior número de boletins de ocorrência, mas não acredito que só a polícia possa melhorar a situação. A solução está na sociedade civil abraçar a causa com ações como essa, dando oportunidade para a mulher, não só de se empoderar, mas de tomar para si a autorresponsabilidade no enfrentamento à violência, sendo a dona de si mesma e diminuindo essa trágica estatística”, salientou

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