Abrolhos: Pressão dos ambientalistas surte efeito, e áreas na Bahia não atraem interessados

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A pressão dos ambientalistas em relação ao leilão de sete blocos de petróleo na manhã desta quinta-feira, que incluía campos próximos a Abrolhos, surtiu efeito. Nenhuma petroleira quis correr o risco e arrematar uma das sete áreas das bacias de Camamu-Almada e Jacuípe, no litoral da Bahia, região com a maior biodiversidade do Atlântico Sul e berçário de espécies como a baleia jubarte. Também não houve ofertas pelas áreas da bacia de Pernambuco-Paraíba.

Nos corredores do leilão, a análise geral das petroleiras é que as bacias no entorno da Bahia apresentam muitos riscos ambientais.  As companhias querem evitar o caso envolvendo os campos obtidos pela francesa Total no Foz do Amazonas, em 2011, que até hoje não iniciou a exploração das áreas e deve abandonar o projeto.

Apesar disso, segundo fontes do setor, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) deve realizar novos estudos para voltar a oferecer esses blocos próximos a Abrolhos ao mercado .

A preocupação dos ambientalistas é que as áreas ofertadas pela ANP e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) carecem de estudos ambientais, ja que a região é rota de migração das baleias. Por outro lado, a ANP destacou, antes do leilão, que as áreas ofertadas foram avalizadas previamente pelo Ibama.

A autorização foi determinada pelo presidente do Ibama, Eduardo Bim. A decisão, no entanto, contrariou um parecer da área técnica do instituto, levantando preocupações entre ambientalistas que vêm denunciando a perda de autonomia da autarquia, subordinada ao Ministério do Meio Ambiente, durante o governo Jair Bolsonaro.

Fonte: O Globo

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