Lama vinda de Mariana põe a vida dos corais de Abrolhos em perigo

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A lama da Samarco levou 17 dias para chegar à foz do Rio Doce em Regência, no Espírito Santo. Percorreu mais de 500 quilômetros, sujou o rio, matou os peixes e contaminou a água.

O caminho da lama termina nas praias do Espírito Santo? Qual será o nível de contaminação no mar? A equipe do Globo Repórter pega o rumo para o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, sul da Bahia, a 800 quilômetros do local da tragédia. As águas vêm sendo monitoradas, inclusive por satélite, desde que a lama das barragens chegou à foz do Rio Doce.

O programa foi até o local em plena temporada das baleias da espécie jubarte. Todo ano, entre julho e novembro, elas circulam pelo mar brasileiro. As baleias passam pela foz do Rio Doce na vinda para Abrolhos e de volta ao Polo Sul. E estiveram lá na época do desastre, em novembro de 2015. Os pesquisadores passam quatro meses seguidos, fazendo observações no local.

O geofísico Heitor Evangelista faz estudos complexos nos sedimentos. Ele consegue confrontar amostras de diversas épocas, coletadas tanto no Rio Doce quanto em alto mar. E assim dá para diferenciar o fundo do oceano antes e depois da lama. Em coletas feitas no inverno de 2016, veio a notícia que ninguém gostaria de dar: as primeiras evidências de contaminação no santuário marinho.

Abrolhos é o mais antigo parque marinho do Brasil. Foi criado há 34 anos para preservar um dos mais ricos patrimônios da natureza. As águas escondem a maior e mais importante formação de corais do Atlântico Sul. E que efeito a chegada da lama pode provocar num coral?

Fonte: O Globo

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