Quinta-feira, Maio 9, 2024
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Em protesto população dá abraço simbólico em praia engolida pela lama em Nova Viçosa; assista

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população representada pelos organismos constituídos, educadores e estudantes do município de Nova Viçosa, realizou um manifesto público com um abraço simbólico na manhã desta segunda-feira (05/11) na beira do mar na Praia do Lugar Comum, para protestar e pedir socorro por uma solução para o problema da lama que está “engolindo” as praias da cidade e está prejudicando claramente a economia do município porque as pessoas estão esvaziando o bbalneário e as reservas nos hotéis estão sofrendo uma queda vertiginosa.Durante o manifesto os populares acusaram a empresa Fibria Celulose como a causadora do problema por meio dos seus navios barcaças que vem dragando os manguezais com a passagem das suas embarcações, que depois de encher o seu depósito, atualmente despeja a lama do Canal do Tomba numa reserva alternativa em alto mar que as águas vem expulsando de volta para a praia do centro de Nova Viçosa, causando um grave desastre ambiental, onde os pescadores têm encontrado dificuldades em pescar o camarão e o peixe que desapareceram, causando grandes prejuízos ao setor pesqueiro.

Para o comerciante Manoel de Souza, a calha com cinco metros de profundidade, gera cerca de 45 mil metros cúbicos de sedimentos “lama” por dragagem. São essas operações de manutenção da calha que estaria promovendo um grande desequilíbrio ambiental nos manguezais e poluindo as praias de Nova Viçosa, a dragagem levanta uma “nuvem de poeira” subaquática que estaria também prejudicando todo o interligado ecossistema do litoral da região.

“A Fibria aumentou nos últimos tempos de 250 mil metros cúbicos de dragagem para 450 mil metros cúbicos e arremessa a duas milhas e meia da nossa costa. Será que a empresa achou que esta lama iria desaparecer num passo de mágica? Não, claro que não, ela saturou o local de depósito, está aterrando as redes dos pescadores, e essa lama está simplesmente assoreando o canal da Barra de Caravelas e entupindo nossa praia de lama em Nova Viçosa e a tendência é invadir também as praias de Mucuri, tudo isso porque tem aumentado a capacidade de dragagem para o transporte do eucalipto que está matando as nascentes dos nossos rios, diminuindo o volume dos rios, porque o eucalipto provoca naturalmente uma desertificação verde e ainda atira herbicida que mata nossos peixes. Esta empresa é uma praga que está nos matando tanto em terra, quanto no mar”, desabafou o comerciante Manoel.Para o vereador Edimilson Figueiredo de Matos (PPS), o assunto é sério e somente a união da população é que vai resolver esta situação junto com os organismos constituídos para que à cidade de Nova Viçosa não sofra ainda mais com este impacto lamentável. O vereador João Farias da Silva (DEM) disse que o problema causa revolta e indignação, e lamenta a não participação de pessoas importantes que deveriam também acampar este movimento que pretende promover um estudo mais aprofundado para tentar conhecer os reais problemas que tem trazido tanta lama para as praias da cidade de Nova Viçosa.

Na última quinta-feira (1º/11), o presidente da Câmara Municipal de Nova Viçosa, vereador José Anastácio Carvalho Machado (DEM), provocou uma reunião com os representantes da Fíbria Celulose para discutir a origem da lama que vem de forma intensa tomando conta das praias do balneário. Para João Augusti, gerente de Meio Ambiente da Fíbria Celulose, independente das certezas por parte da empresa (A Fibria afirma que a lama não tem origem na dragagem do Canal do Rio Tomba provocada por sua operação de transbordo de eucalipto) o importante é encontrar o DNA da lama, é saber a origem não por questões de responsabilidade apenas, mas porque a empresa está presente no dia a dia da comunidade. “É de total interesse nosso contribuir, não queremos aqui tão somente esclarecer que não é de nossa responsabilidade, não se trata só de sermos ou não culpados, é uma prioridade para nosso relacionamento, não somos o problema, disso temos certeza, mas queremos ser parte da solução”, disse Augusti.

(Por Athylla Borborema)

 

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