Câncer de Mama: diagnóstico precoce aumenta em 95% a chance de cura da doença

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Angústia, aflição e medo. Estes são alguns dos sentimentos de quem descobriu o câncer de mama, um tumor maligno, mas que se descoberto logo tem 95% de chance de cura. Depois do câncer de pele, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo, respondendo por 28% dos novos casos a cada ano.

Considerado raro antes dos 35 anos, sua incidência é crescente, principalmente depois dos 50 anos de vida. Com diferentes tipos, o câncer de mama pode evoluir de forma rápida ou não, cada caso exige um diagnóstico e tratamento específico, mas há algo em comum entre as mulheres que enfrentam ou já venceram a doença: a força, a coragem e a lição de vida que são capazes de repassar para outras pessoas.

Conhecido como Outubro Rosa, o mês recebe essa cor em referência as mulheres – público mais acometido pela doença – e tem como propósito alertar para a importância do diagnóstico precoce. O que isso significa, na prática? Diagnosticar um nódulo com tamanho inferior a 1 cm e aumentar a chance da cura.

O que diferencia um turmo benigno do maligno?

A aparência, estrutura e o comportamento reprodutivo das células atingidas.

Caso

Maria Luiza Guimarães, servidora pública, luta há três anos contra o câncer de mama e descobriu a doença tocando o corpo. “Fazendo exame em casa eu senti algo na mama direita. Procurei a ginecologista que a princípio disse que não era nada e não precisaria realizar outros exames. Mas, ao sair do consultório, eu liguei para um mastologista, marquei a consulta e fiz a mamografia que não acusou nada, então fiz a ressonância- que acusou o câncer- em um tamanho avançado entre 6 e 7 cm”, contou.

Maria Luiza foi submetida a sessões de quimioterapia, mas devido ao estágio avançado da doença, precisou fazer a retirada completa das duas mamas. “Fiquei triste, sofri, achei que era o fim do mundo, foi uma sentença de morte pra mim. Eu chorei, mas depois passou e fui enfrentar a doença. Eu queria viver, tenho filhas para criar, então fui lutar, fazer o tratamento e então tive certeza que daria tudo certo”, relatou.

Já na reta final do tratamento Maria Luiza só tem a comemorar. “Muita coisa mudou na minha vida para melhor. Hoje não esquento muito a cabeça com as coisas e procuro não me estressar. Fim do ano vou para Porto Seguro, na Bahia, com a minha família, curtir um pouco e aproveitar a vida”, disse Maria Luiza, feliz.

Como é realizado o diagnóstico?

O mastologista José Augusto Nunes, do Hospital Meridional, explica que o diagnóstico pode ser feito de duas maneiras; através de exames de imagens – mamografia, ultrassom e ressonância – ou através do toque, que é o autoexame.

“Se eu pegar 100 mulheres iguais, isto é, com mesmo peso, altura, data de nascimento, número de vezes que ficou grávida, data da primeira menstruação, com todos os detalhes iguais, a não ser aparência e filiação, e fizer mamografia em todas as 100 mulheres, certamente 8 a 10 delas tem câncer de mama e o exame não está me mostrando. Como ajuda-las a descobrir então? Instrui-las a realizar o autoexame”, explicou.

O que se deve o surgimento do câncer de mama?

Segundo o especialista, o surgimento do tumor não se deve a um fator exclusivo, são vários que podem ser mais agravantes, como por exemplo:

– Cigarro;

– Uso de álcool em excesso;

– Obesidade;

– Menstruação precoce;

– Menopausa tardia;

– Número de vezes que a mulher engravidou.

A doença avança de forma silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas. Em 60% dos casos os diagnósticos ocorrem de forma tardia o que dificulta o tratamento.

Dados e informações

O Instituto Nacional de Câncer indica que 59.700 mil novos casos de câncer devem surgir até o fim do ano,  e a falta de informação e o diagnóstico tardio dificultam o tratamento da doença;

-Exames periódicos e o conhecimento do próprio corpo são fundamentais na luta contra o câncer de mama;

– O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura, em 95%, e de preservação ainda que parcial das mamas;

– Mulheres com mais de 40 anos devem fazer a mamografia uma vez por ano;

– Tanto nos países desenvolvidos, subdesenvolvidos, quanto nos países em desenvolvimento, está ocorrendo a incidência do câncer de mama.

Alimentos anticâncer que não podem faltar no seu cardápio

Couve flor, brócolis, couve de Bruxelas, todas as brassicas são ótimas aliadas contra o câncer de mama, elas possuem uma substância chamada endoltro 3 escarbinol. O Indol-3-Carbinol é um fitonutriente que possui diversas propriedades, a principal delas é agir como agente antitumoral. Ele também é anti-inflamatório, antineoplásica e antioxidante.

Alimentos como o tomate, alho, couve, chá verde, alimentos ricos em vitamina C e uvas são alimentos considerados anticâncer por terem propriedades que protegem as células de sofrerem oxidação.

 

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