Por Ronildo Brito
Além de empossar o prefeito e os 19 vereadores, a sessão da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas, realizada na noite desta sexta-feira, 1º de janeiro, era vista como a primeira “prova de fogo” da nova gestão, já que em jogo estava o comando do Poder Legislativo, se nas mãos da oposição ou da base de sustentação ao Executivo.
Após alguns minutos tensos e negociações abertas no plenário visíveis aos olhos da população presente, o prefeito Marcelo Belitardo venceu a oposição e conseguiu eleger seu irmão Marcos Belitardo, ambos do DEM, presidente da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas. Com uma vitória de 11 votos a 8, os Belitardo, que já tinham sido consagrados nas urnas em 15 de novembro com as maiores votações da história do município, ganham fôlego para implementação das mudanças hora anunciadas na gestão da maior cidade da região nestes próximos dois anos.
Pela base de sustentação ao novo prefeito Marcelo Belitardo, foi apresentada a chapa 1, composta pelos vereadores Marcos Belitardo (presidente), Mateus Guerra (SD) e Luciano de Santo Antônio (PSB) (1º e 2º vice-presidentes), Lucas Bocão (PLS) e Marcelo Teixeira (PSB) (1º e 2º secretários).
Já os vereadores de oposição, quase todos eleitos no palanque do candidato derrotado Temóteo Brito (PR), capitaneados por Ronaldo Cordeiro (PSC), presidente da Casa e que buscava a reeleição, apresentaram a chapa 2, que ainda tinha como candidatos na 1ª e 2ª vice-presidências Marcos Gomes (PSD) e Bernardo Cabral (PP) e 1º e 2º secretários Carmino Santana (PDT) e Coutinho (PT).
Numa votação secreta e nominal os vereadores decidiram por 11 votos a 8, que a chapa 1, encabeçada por Marcos Belitardo, era a que deveria comandar o Legislativo no biênio 2021/2022. Apesar do comportamento aparente de neutralidade do prefeito Marcelo Belitardo, presente à sessão pra ser empossado, a divulgação oficial do resultado foi bastante comemorada pelos vereadores vitoriosos e pelo público presente no plenário da Câmara Municipal.
A sessão que conduziu os trabalhos da eleição, conforme o Regimento Interno, foi presidida pelo vereador Carmindo Santana, devido o mesmo ser o de maior idade entre os eleitos e reeleitos. O secretário dos trabalhos foi o vereador Jóris de Gel.
Em seu discurso de posse o vereador Marcos Pontes Belitardo (DEM), vereador reeleito como recordista de votos da história de Teixeira de Freitas (2.426 votos), falou da necessidade de manutenção do Legislativo como poder independente e fiscalizador e finalizou dizendo que a partir de agora os tempos são outros, tanto no Executivo, quanto no Legislativo, com ações que serão baseadas na lisura e zelo com a coisa pública. “Além de libertarmos Teixeira de Freitas do atraso da antiga gestão, também livramos essa Casa das práticas não republicanas. Aqui nesse mesmo plenário, tive requerimentos rejeitados que visavam fiscalizar questões cruciais. Agora isso acabou. Não é pelo laço consanguíneo com o meu irmão Marcelo Belitardo, que fugiremos do nosso papel de fiscalizar”, falou.
Logo em seguida todos os vereadores usaram da tribuna e comentaram a importância do momento para o município de Teixeira de Freitas. Na parte final da sessão foram oficialmente empossados o prefeito Marcelo Belitardo e o seu vice Yure Fernandes, quando familiares e convidados festejaram o início da nova gestão.
O prefeito Marcelo Belitardo, que conquistou a maior votação da história de Teixeira de Freitas, obtendo 45.433 votos (60,91%), discursou pontuando que o município agora governado por ele, tem grandes problemas, sendo os maiores deles nas áreas de saúde e limpeza urbana. Ele pediu paciência à população e prometeu como medidas iniciais a reestruturação da saúde pública municipal e um mutirão da limpeza urbana.
“Acabamos de tomar posse e já deparamos com grandes problemas para serem resolvidos. Não tivemos uma transição como deveria ser, pois a gestão anterior não colaborou. “Sei do grande desafio que temos pela frente, mas não fugimos à luta. Com determinação, seriedade e muito trabalho, vamos devolver a dignidade à população teixerense”, falou.
Ainda fizeram parte da mesma o major Sílvio Nunes, comandante da 87ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), o padre Edvaldo Santana e o pastor Jonatan Tavares.
