Dois meses após ser curado de câncer em fase terminal, homem morre em acidente

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Vamberto Luiz de Castro, de 62 anos- primeira pessoa na América Latina a receber uma nova terapia celular para curar um câncer em fase terminal-, morreu após sofrer um acidente que causou um traumatismo craniano grave, em Belo Horizonte. Segundo a Policia Civil, a morte foi confirmada no dia 11 de dezembro, no Instituto Médico Legal.

A acidente não teve relação nenhuma com o câncer, afinal, Vamberto já estava curado da doença.

O caso 

– Luiz de Castro, de 62 anos, estava em estado grave, com linfoma avançado que não respondia a nenhum dos tratamentos convencionais.

– Ele se tornou a primeira pessoa na América Latina a receber uma nova terapia celular que vem revolucionando o tratamento do câncer nos Estados Unidos e na Europa. Menos de 20 dias após ser submetido ao tratamento feito a partir das próprias células, o paciente já apresentava remissão da doença.

O tratamento

O tratamento usado pela primeira vez em São Paulo é feito com células T (do sistema imunológico) retiradas do próprio paciente e geneticamente modificadas. A função original dessas células é combater doenças. No entanto, muitos cânceres conseguem driblar esse mecanismo de defesa natural do organismo, tornando-se “invisíveis”. “É como se as células de defesa ficassem cegas para elas que conseguem, então, se proliferar”, explicou o hematologista Renato Cunha. “Quando fazemos a alteração genética, as células de defesa voltam a ‘enxergar’ as células cancerígenas e podem destruí-las.”

Os especialistas alteraram geneticamente as células T, com a inclusão de uma proteína específica que as torna mais sensíveis a determinados tipos de linfoma. As células alteradas e cultivadas em laboratório foram inseridas de volta no paciente por meio de uma infusão. Com a alteração genética nas células de defesa, elas passam a reconhecer mais facilmente as células cancerígenas e conseguem destruí-las. “As células T modificadas passam a se multiplicar aos milhões no organismo do paciente, fazendo com que o sistema imune passe a identificar as células cancerígenas do linfoma como inimigos a serem atacados e destruídos”, disse cunha.

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