Mãe de irmãos mortos em incêndio no ES vai para presídio em MG

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A pastora Juliana Sales, mãe dos irmãos Kauã e Joaquim, mortos em um incêndio em Linhares, no Norte do Espírito Santo, está em um presídio feminino de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, onde aguarda transferência para o Espírito Santo.

Ela voltou a ser presa na tarde desta quarta-feira (14). Juliana havia sido liberada do Centro Prisional Feminino de Cariacica na madrugada da última quinta-feira (8), por decisão da Justiça.

Prisão

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que recebeu o mandado de prisão preventiva contra a pastora, que foi cumprido nesta tarde. Ela foi levada para a Delegacia de Teófilo Otoni e segundo a PC, será encaminhada novamente ao sistema prisional.

Na primeira vez que Juliana foi presa, no dia 20 de junho, ela também estava na cidade de Teófilo Otoni, na casa de um pastor amigo da família.

O pastor Georgeval Alves, marido de Juliana e pai de Joaquim, segue preso no Centro de Detenção Provisória de Viana, acusado do crime.

‘É’ confortante ao coração’, diz pai de Kauã

O pai e a avó do menino Kauã contaram que receberam com alívio a notícia da prisão. Quando a pastora foi solta, eles organizaram um protesto pedindo que ela fosse presa novamente.

“É confortante ao coração saber que mais um monstro está preso, que nós estamos lutando pelas nossas crianças, e que estamos lutando contra a fraudulência do poder judiciário”, disse o pai de Kauã, Rainy Butkovsky.

“Recebemos essa notícia com muita alegria, muita satisfação. É impossível um crime de tamanha barbaridade ser comparado a um crime qualquer”, disse a avó paterna de Kauã, Marlúcia Aparecida Butkovsky.

O advogado que representa a família de Rainy, Siderson Vitorino, disse que só conquistou o direito de ter acesso ao processo após recorrer ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES).

Para ele, a notícia não foi recebida com surpresa, já que, segundo ele, não havia motivo para que Juliana fosse solta.

“Essa nova prisão satisfaz o requisito legal dos artigos 312 e 313 do Código Penal, que são para garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal. Esses artigos determinam as circunstâncias em que deve haver a prisão preventiva, e todas elas se adequam à Juliana”, explicou.

O casoAs crianças morreram em um incêndio no dia 21 de abril, em Linhares. Georgeval, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, foi acusado de estuprar, agredir e queimar as crianças. Já a esposa dele, Juliana foi presa porque, segundo o juiz, foi omissa e sabia dos abusos que as vítimas sofriam.

Eles são acusados de homicídio qualificado, estupro de vulneráveis e fraude processual. Georgeval ainda responde por tortura.

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