A cidade de Teixeira de Freitas está com suas ruas e avenidas repletas de lixo por falta de coleta. A Prefeitura diz que a obrigação é da empresa detentora do contrato da prestação de serviço a promover o trabalho. Já a empresa diz que não tem recebido do município e a iniciativa da greve não foi da empresa e sim do Sindicato da categoria. Desde a última segunda-feira (29/10), que os funcionários da empresa Construpolli – Construtora Incorporação Ltda., cruzaram os braços numa paralisação liderada pelo SINDILIMP – Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública do Sul e Extremo Sul da Bahia.
A Construpolli possui 15 caminhões compactadores e 400 funcionários na cidade e é a empresa responsável pela coleta do lixo de Teixeira de Freitas e há 50 dias houve a demissão de 22 funcionários e até a presente data não foram pagos os seus proventos que equivale um valor total de R$ 178 mil e como forma de pressionar a empresa a pagar as obrigações financeiras dos operários demitidos, o SINDILIMP paralisou as atividades da Construpolli.
A empresa alega que possui três faturas sem receber do município de Teixeira de Freitas e mesmo assim os seus 400 funcionários que atuam na cidade estão com o pagamento em dia, com previsão para o próximo pagamento em 5 de novembro e que a atitude de paralisar as atividades da empresa foi do Sindicato da categoria que está instalado dentro da garagem da empresa dando apoio aos ex-funcionários e impedindo que os servidores do quadro da empresa saiam para trabalhar.
Segundo Norlando Souza, diretor jurídico do SINDILIMP, na manhã desta quinta-feira (1º/11), o Sindicato teve uma reunião com o prefeito Temóteo Brito (PSD) que fez um acordo com a entidade sindical, prometendo que na terça-feira próxima (06/11) repassará o pagamento a empresa Construpolli para que possa efetuar os pagamentos das rescisões e outras obrigações aos funcionários demitidos e, em contrapartida, que o SINDILIMP libere a empresa para coletar o lixo da cidade e que ainda, o município fará a entrega de uma cesta básica a estes operários demitidos. E o Sindicato aceitou o acordo e a coleta de lixo retoma na noite desta quinta-feira (1º/11) na esperança que no dia 6 de novembro o pagamento seja regularizado, caso contrário a greve será reiniciada.
O município alega falta de receita para honrar os compromissos com a empresa Construpolli que não recebe há três meses e tem bancado as despesas de Teixeira de Freitas do próprio bolso. Por usa vez o presidente da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas, vereador Agnaldo Teixeira Barbosa, o “Agnaldo da Saúde” (PR) se prontificou com o prefeito municipal em devolver a quantia de R$ 200 mil para o município, para o prefeito repassar para empresa e ela quitar as dívidas com os seus ex-funcionários e de uma vez por todas, resolver o impasse da falta de coleta de lixo na cidade. (Por Athylla Borborema)
