A investigação da morte do eletricista Luiz Carlos Devens, no dia 10 de janeiro, apontou uma reviravolta no crime. Segundo a Polícia Civil, o assassinato foi planejado pela esposa dele, que foi presa na manhã desta quarta-feira (20) junto com outras duas pessoas. O executor da vítima está foragido.
As investigações continuam, pois a motivação do crime ainda não foi esclarecida pela polícia. Os celulares dos detidos e também das duas filhas do casal foram apreendidos para quebra de dados.
Luiz Carlos, que tinha 49 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça na frente da própria casa, em Nova Almeida. Inicialmente, o crime era investigado como latrocínio, roubo seguido de morte, pois três celulares foram levados pelos criminosos na ocasião.
Segundo a Polícia Civil, a esposa Iraci Bezerra Miranda foi presa na casa dos pais dela, no bairro Jesus de Nazareth, em Vitória. Depois, ela foi encaminhada para a delegacia da capital para prestar depoimento.
A esposa do eletricista passou a ser investigada após denúncias de que ela teria planejado a morte do marido.
Além de Iraci, Carlos Francisco da Silva, de 39 anos, que trabalhava como jardineiro na casa da família, e Sônia Francisco da Silva, de 43, que era cunhada da vítima, também foram presos suspeitos de participação no crime.
Robert Smit Teófilo Rocha, de 23 anos, teria sido contratado por Iraci para atirar em Luiz Carlos Devens. Ele está foragido.
As duas mulheres presas já foram levadas para a penitenciária. Já o jardineiro deve ser conduzido também ainda nesta quarta-feira.
Durante o cumprimento dos mandados de prisão, a polícia acabou prendendo em flagrante uma quarta pessoa, mas que nada tem a ver com o assassinato de Luiz Carlos. O homem, de 35 anos, foi encontrado com 130 tabletes de maconha em uma das casas investigadas, enquanto o executor foragido era procurado.
O crime
Luiz Carlos Devens foi assassinado na frente da casa dele, em Nova Almeida, na Serra. O criminoso atirou na cabeça da vítima e na sequência levou três celulares que estavam com o eletricista.
Na época, a Polícia Civil informou que o eletricista estava chegando em casa quando foi abordado pelo atirador, que exigiu entrar na casa dele para ter acesso a um suposto cofre. O eletricista, então, começou a brigar com o criminoso na rua. Durante essa luta, ele foi baleado.
Quando a briga ainda acontecia, Iraci e as duas filhas dele acordaram e se trancaram no banheiro da residência.
