Pastora acusada de omissão na morte dos filhos no ES deixa presídio novamente

0

A pastora Juliana Sales, mãe dos irmãos Kauã e Joaquim, mortos em um incêndio em Linhares, no Norte do Espírito Santo, deixou o Centro Prisional Feminino de Cariacica por volta das 20h desta quarta-feira (30). A Justiça expediu alvará de soltura dela horas antes.

O caso corre em segredo de Justiça, portanto, a reportagem não teve acesso ao motivo da soltura.

Os meninos Joaquim e Kauã morreram em um incêndio no dia 21 de abril de 2018, em Linhares. Georgeval, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, foi acusado de estuprar, agredir e queimar as crianças. Já a esposa dele, Juliana foi presa porque, segundo o juiz, foi omissa e sabia dos abusos que as vítimas sofriam.

Eles são acusados de homicídio qualificado, estupro de vulneráveis e fraude processual. Georgeval ainda responde por tortura.

Prende e solta

Juliana foi presa pela primeira vez no dia 20 de junho de 2018, na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Na época, ela logo foi transferida para o Centro Prisional Feminino de Cariacica.

Na madrugada de 8 de novembro, após uma decisão da Justiça de liberdade provisória, ela foi solta pela primeira vez. A decisão foi do juiz responsável pelo caso, André Bijos Dadalto, da primeira Vara Criminal de Linhares. O caso segue em segredo de Justiça e por isso não foram divulgados os argumentos que levaram o magistrado a essa determinação.

Entretanto, uma semana depois, no dia 14 de novembro, Juliana Sales foi presa novamente. Ela já havia voltado para Teófilo Otoni e foi detida no município.

O Ministério Público do Espírito Santo informou, por meio de nota, que entrou com recurso depois que Juliana foi solta, que foi acatado pela Justiça, reconsiderando a decisão anterior.

No dia 7 de dezembro, ela foi transferida novamente para o Centro Prisional Feminino de Cariacica, onde ainda permanece até o fechamento desta reportagem.

Facebook Comments

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here