“A gente sabe que as pessoas estão morrendo com fome. As pessoas estão morrendo por cólera. Quanto mais rápido essas doações chegarem lá, melhor”. É para proporcionar ajuda às vítimas da tragédia natural ocorrida na cidade de Beira, em Moçambique, que a escritora e museóloga baiana Joana Flores reunirá 14 músicos em um show.
Entre os artistas que irão se apresentar estão o cantor e compositor Lazzo Matumbi e a sambista Juliana Ribeiro. Os ingressos podem ser trocados por pacotes de leite em pó de 800 gramas.
Ela conta que a iniciativa surgiu a partir da comoção em relação à situação dos moçambicanos. “É também uma iniciativa que parte pelo incômodo que dá em mim, quando acontecem todas essas catástrofes. Eu venho de outros movimentos, não com essa proporção. Agora, vendo essa situação e a pouca mobilização da sociedade em si, eu me utilizei desse lugar de escritora para poder ir atrás das pessoas que eu conheci durante essa jornada”.
Com a ideia na cabeça, Joana então partiu atrás de contatos com músicos conhecidos e amigos de amigos, para conseguir por seu plano humanitário em prática.
“Convidei alguns amigos músicos como Rafique Nasser e Patiño. Acabei virando amiga de Wil [Carvalho] e Pablicio [Pablues] nessa jornada. Depois, consegui intermediar com uma amiga a vinda de Dionorina, e eu consegui Márcio de Abreu, e Marcio me trouxe Juliana e Dão. Eu fui até um amigo advogado, pedir para ele me dar o apoio na questão burocrática de como enviar esses donativos para fora e, nessa conversa, ele trouxe Lazzo”, enumerou Joana.
Joana não gosta de levar o crédito sozinha pelo projeto. Ela faz questão de afirmar que a iniciativa só deu certo, porque os amigos e os artistas compraram o propósito. Entre a concepção e toda a organização, a construção do show levou apena 12 dias.
“Eu tive a ideia, mas na verdade eu só estou dando conta por causa de todo mundo que abraçou. Então para mim é uma ideia primeiro pensada por muita gente, com uma atitude que foi minha, mas que todo mundo aceitou participar. O lema é ‘Música + Atitude + Solidariedade”, contou.
O único problema que Joana enfrenta agora é como levar os donativos para o país africano. Para isso, ela espera mobilizar o poder público, para que as autoridades ajudem na conclusão da empreitada.
“Está sendo uma onda muito bonita de solidariedade e de amor. É uma iniciativa para que se sensibilize mais as pessoas, se sensibilize os órgãos, porque a gente precisa de órgãos e de instituições que abracem a causa, para fazer com que esses donativos cheguem até Moçambique. Hoje eu passei o dia chorando por isso, porque a gente não tem essa resposta de quem vai levar esses donativos até Moçambique”, disse Joana.
As doações, no entanto, podem ser feitas mesmo por quem não for ao show: até a sexta-feira (5), doadores podem levar leite em pó, lençóis, biscoitos e produtos de primeiros socorros para o Museu Carlos Costa Pinto, que fica no Corredor da Vitória, e o Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia (Ufba), que fica no Dois de Julho.
Com ventos de mais de 170 km/h, o ciclone Idai ele danificou casas, provocou inundações e deixou destruída 90% da cidade portuária de Beira, a segunda maior do país.
Em seguida, o ciclone passou por Zimbábue e Malauí, países vizinhos. Mais de 700 pessoas morreram e centenas estão desaparecidas. Só em Moçambique, este número chega a quase 470.
A Organização das Nações Unidas (ONU) fez um apelo esta semana à comunidade internacional por doações para os países africanos.
Weberton Teixeira Carvalho, o “Didi”, de 31 anos, que segundo a polícia, era ex-presidiário, foi…
Começa no próximo sábado (21) a competição de ciclismo mais irada do Espírito Santo. O…
Com a decisão de primeira instância, proferida pela 122ª Zona Eleitoral, que deferiu o registro…
Após o indeferimento da candidatura de Tomás Édson ‘Tomás do PT’, acusado de não ter…
A Justiça Eleitoral de Mucuri cassou, no domingo, 8, a candidatura à reeleição do atual…
Assumiu nesta quarta feira (05/09), a titularidade da Polícia Civil no município de Mucuri, o…