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Juiz nega pedido de indenização a família de homem que morreu eletrocutado em trio elétrico

A Justiça negou o pedido de indenização para a mãe e a irmã de um homem que morreu eletrocutado durante uma festa de pré-carnaval em Bandeira do Sul (MG) em 2011. A decisão em 1ª instância foi publicada nesta quarta-feira (28) e ainda cabe recurso. Além dele, outras 15 pessoas morreram no acidente.

A família entrou na Justiça contra a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e pediu R$ 750 mil por danos morais. No processo, elas culpavam a empresa pelo acidente causado pelo rompimento de um fio de energia que além de matar as 16 pessoas feriu outras 56 em 26 de fevereiro de 2011.

Para o juiz Felipe Ceolin Lírio, que expediu a sentença, a Cemig não foi responsável pelo acidente, pois realizou uma vistoria no local, a pedido da prefeitura, antes do evento e fez a troca de alguns itens da fiação. Ele ainda destaca que o rompimento do fio de energia foi causado por um folião.

“Um dos foliões, inadvertidamente (para dizer o mínimo), acionou um dispositivo de ‘serpentina metálica’ que acabou atingindo a rede elétrica, ocasionando um curto-circuito, com o rompimento da fiação”, diz o juiz na decisão.

No documento, o magistrado afirma ainda que não há controvérsias sobre a ocorrência do “funesto episódio que abalou toda uma cidade, bem como o país, uma vez que a notícia do evento fatídico ganhou eco nacional”, e completa dizendo entender o “profundo sentimento de perda de parentes próximos (pai, filhos, irmãos) durante um evento de descontração”.

A vítima

Ramon Ambrogi de Oliveira, de 19 anos, foi a última vítima a morrer em decorrência do acidente. Ele faleceu no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte (MG) após passar oito dias internado. O corpo foi velado no Ginásio Municipal de Bandeira do Sul, mesmo local onde foram veladas outras sete vítimas e enterrado na cidade.

G1 Sul de Minas tenta contato com a família da vítima, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

Investigações

Depois do acidente, a Polícia Civil investigou o caso e concluiu o inquérito em maio de 2011, sem indiciados. Pouco depois, o Ministério Público arquivou o caso, pois o promotor responsável, Glaucir Antunes entendeu, com base no trabalho da polícia e no laudo técnico apresentado, que não haviam culpados.

Em julho do mesmo ano, a Cemig realizou um mutirão na cidade para troca da fiação elétrica antiga. Na ocasião, postes e equipamentos elétricos que estavam danificados e velhos foram substituídos.

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