Publicado em: Setembro 1, 2021
A perspectiva da aplicação de uma dose de reforço da vacina contra a Cocid-19, inicialmente para grupos de idosos e imunossuprimidos, traz a esperança de uma proteção mais robusta.
A autorização dada nesta semana pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prevê o envio de novos lotes do imunizante a partir do dia 15 de setembro para os estados. A infectologista Ana Carolina D’Ettorres diz que a dose extra já era esperada.
“Com o tempo a imunidade induzida pela vacina cai. Com o reforço, também conhecido como booster, essa imunidade é muito potencializada. Era esperado que alguns grupos mais vulneráveis fossem revacinados”, afirmou.
Pessoas com mais de 70 anos que tenham tomado a segunda dose há pelo menos seis meses, e os imunossuprimidos que completaram o esquema vacinal há pelo menos 28 dias, fazem parte desse primeiro grupo a receber o reforço.
“É importante que grupos mais suscetíveis recebam essa dose para aumentar a produção de anticorpos. Quando o corpo é exposto ao estímulo da vacina novamente, a memória imunológica é reativada de forma mais robusta e sustentada. A prática de aplicar vacinas de reforço existe em outros esquemas vacinais”, explica Ana Carolina.
Segunda dose é fundamental para garantir imunização
Importante lembrar que as pessoas devem completar seus esquemas vacinais. Aqueles que receberam uma dose precisam retornar para receber a segunda. “Não se pode abdicar da segunda dose achando que somente uma garante a imunidade plena”, alerta a infectologista.
Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a aplicação das doses seguirá ordem dos mais velhos para os mais novos, e deve ser feita com uma dose da Pfizer, preferencialmente.
Ainda está em estudo pelo Governo Federal será a aplicação da dose de reforço nos profissionais da saúde e pessoas com menos de 70 anos.
É considerado imunossuprimido quem se enquadrar nos seguintes requisitos:
1- Neutropenia – nível muito baixo dos neutrófilos, um tipo de glóbulo branco, que ajuda no combate das infecções destruindo bactérias e fungos. Pacientes com neutropenia têm risco aumentado de desenvolver infecções graves.
2- Neoplasia (Tumor que pode ser benigno ou maligno) hematológica com ou sem quimioterapia.
3 – HIV positivo com CD4<200 – A contagem normal de CD4 em um adulto deve ficar acima de 500 células por milímetro cúbico (mm3). Quando a taxa de CD4 for inferior a 200 células por mm3, significa que o paciente está em estado avançado de imunossupressão.
4 – Asplenia funcional ou anatômica – refere-se à não existência do baço e está associada com riscos de infecção graves.
5 – Transplantados
6 – Quimioterapia nos últimos 30 dias
7 – Paciente em uso de corticosteroides por mais do que 15 dias
8 – Doenças autoimunes – as mais conhecidas são lúpus, artrite reumatoide, doença de Crohn, vitiligo, psoríase, diabetes tipo 1, esclerose múltipla, doença celíaca, tireoidite de Hashimoto, Síndrome de Sjögren e Imunodeficiência congênita.
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