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Covid-19: Um olhar critico sobre as perdas reais

A psicóloga Raphaela Gonçalves Krull – CRP03/17317 – Graduada e Pós-Graduada em Saúde Mental pela Faculdade Pitágoras de Teixeira de Freitas e Capacitada em Transtornos Alimentares e Tratamentos pela Faculdade Venda Nova do Imigrantes – FAVENI realiza atendimentos ao público em geral pela Clínica Primeiramente. Busca evidenciar a temática da elaboração do luto, a partir do reconhecimento das perdas reais e simbólicas em relação a pandemia.

Ao refletir sobre a repercussão da Covid-19 no mundo, principalmente nas populações vulneráveis, volumosas e populosas os dados nos permitem afirmar que o vírus tem uma grande facilidade de transmissão resultando em muitas mortes.

A este respeito vale realçar que até o presente momento, a Covid-19 matou mais de 2,6 milhões de pessoas em todo o planeta. Contudo são quase 3 milhões de pessoas que perderam alguém de maneira devastadora e com isso passaram a vivenciar uma das fases mais difíceis da vida o luto.

Que por sua vez se conceitua como a dor de não conviver mais com a pessoa querida, situação essa que provoca diversas emoções e dúvidas sobre o futuro.

Em se tratando de pandemia, isolamento social e as demais mudanças comportamentais adotadas pela sociedade civil para conter o avanço do coronavírus nos deparamos com a impossibilidade de realizar o velório tradicional que na nossa cultura representa um ritual de despedida daquele ente querido que veio a óbito e também não experimentamos presencialmente o conforto dos amigos. Quando esta perda real se torna superficial ocorre prejuízos na elaboração do luto.

Ao refletir cada vez mais sobre a necessidade da elaboração do luto neste contexto pandêmico é que as perdas emocionais como enfraquecimento dos vínculos familiares devido as restrições de visitas, assim como as perdas econômicas diariamente destacadas pelas mídias como: pobreza, miséria e desemprego, que se configuram como perdas simbólicas, remete a sociedade a uma realidade de dor e sofrimento, prolongando os sintomas vivenciados pelo luto.

Por fim cabe aos profissionais de saúde promover e restaurar a saúde mental dos familiares e amigos de maneira digna, respeitando a importância e a intensidade do luto.

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