O convite e aceitação do juiz Sérgio Moro para comandar o Ministério da Justiça abalou a relação entre o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) e o Congresso, aponta a coluna Painel da Folha de S. Paulo.
Integrantes de diversos partidos, da esquerda à direita, passando pelo centrão, dizem que a escolha foi vista como uma tentativa de emparedar o Legislativo, como se o agora ex-juiz fosse uma espada na cabeça de parlamentares.
Deputados e senadores lembram, porém, que fora do Judiciário Moro ficará exposto, suscetível a CPIs e convocações.
Contudo, politicamente, Bolsonaro marcou mais pontos com seu eleitorado e fortaleceu o discurso de que seu governo será intolerante com a corrupção.
Refém das escolhas
Durante toda quinta-feira (1º), após a resposta de Moro, políticos repisaram um ditado dos bastidores do poder: “Nunca nomeie alguém que não possa demitir”. Agora, Bolsonaro tem dois superministros que, se decidirem deixá-lo, farão estrago: Moro, claro, e Paulo Guedes, o guru da economia. (Folhapress)
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